Gostava fizessem os vossos comentários sobre as obras que vos suscitaram maior interesse na visita de estudo à Gulbenkian.
Obrigada!
Gostava fizessem os vossos comentários sobre as obras que vos suscitaram maior interesse na visita de estudo à Gulbenkian.
Obrigada!
Eis uma ténica muito interessante a levar a cabo nos nossos trabalhos
Sobre os autos-retrato de Andy Warhol, o crítico alemão Robert Rosemblum escreveu em 2005:
(...) “constantemente se alternam entre contar-nos tudo e nada sobre o artista, que pode parecer, ainda no mesmo trabalho, tanto vulnerável como invulnerável, profundo como superficial. Acima de tudo, os auto-retratos de Warhol oferecem uma série de máscaras teatrais as quais, mesmo quando parecem confrontar o espectador com assustadora intensidade, escapam ao nosso olhar.(...) Nos primeiros auto-retratos criados no contexto da recém-nascida Pop Art, Warhol vê a si próprio como um teatro instantâneo, como uma glamourosa celebridade.
Andy Warhol 1986 Self-Portrait
"Manifesto sobre amor fraco e o amor amargo"
Para se fazer um poema dadaísta.
Pegue num jornal
Pegue numa tesoura.
Escolha no jornal um artigo que tenha o tamanho que pensa dar ao seu poema.
Recorte o artigo.
Recorte seguidamente com cuidado as palavras que formam o artigo e meta-as num saco.
Agite com cuidado.
Seguidamente, retire um por um.
Copie conscienciosamente segundo a ordem pela qual foram saindo do saco.
O poema parecer-se-á consigo.
E você tornou-se um escritor infinitamente original e duma sensibilidade encantadora, ainda que incompreendida pelo vulgo.
Tristan Tzara
Raoul Hausmann 1930 Fotomontaje |
Hannah Höch 1919 Portrait de Gerhard Hauptmann |
Salvador Dalí 1934-35 Mae West |
Salvador Dalí 1955 Laurence Olivier in the Role of Richard III |
René Magritte The face of genius |
René Magritte 1926 The Conqueror |
Francis Bacon [Pintor Expressionista Irlandês, 1909-1992], além de si próprio, pintou amigos seus. Depois de fotografar os seus modelos, representava-os pictoricamente numa espécie de força e insinuação, ressaltando os traços mais marcantes, desprezando e distorcendo tudo o resto, sem que, no entanto, deixemos de identificar quem é a pessoa retratada.
Os seus retratos são um distanciamento da aparência: Como se poderá pintar o vestígio de um ruído no silêncio da angústia? Com as distorções, ele pretendia, imprimir mais força às imagens, inerentes do desejo de transmissão entre ele o retratado, e não apenas produzir o efeito de agressividade ou de violência.
A sua intenção era a de pintar a essência das coisas, da paisagem, da água, das pessoas, daquilo que delas emana, a sua substância, porém sem qualquer dimensão psicológica ou de personalidade.
Bacon parece tomar consciência da fugacidade da imagem, e quase reafirma as palavras de Lacan no seminário sobre a angústia: